Como a IA pode transformar seu marketing e suas vendas B2B
Não há como escapar: a IA está em todos os lugares. Inclusive no LinkedIn, onde ela aparece sob diferentes formas: desde promessas de agentes revolucionários até soluções milagrosas para velhos desafios de marketing e vendas B2B… mas que, na prática, muitas vezes não passam de prompts de GPT bem apresentados. Em resumo: muito barulho e pouca clareza.
Nossa ambição é justamente trazer clareza a esse excesso de informações, transformando o ruído em sinais úteis. O Salesdorado mantém sua linha editorial: apresentar casos de uso concretos, testados e que você pode aplicar aos seus processos de vendas, à prospecção ou ao marketing B2B.
Queremos ajudar você a entender o que a IA pode realmente mudar nas suas equipes de crescimento, vendas ou marketing. E, sobretudo, quais ferramentas valem a pena integrar à sua pilha (ou não).
O que você pode (realmente) fazer com a IA no marketing e nas vendas B2B?
Os números impressionam: 81% das empresas B2B já utilizam IA em seus processos de vendas ou marketing. E quase 80% planejam aumentar seus investimentos até 2025 (fonte: Sana). Mas, ao analisar mais de perto, a realidade é mais complexa. Sim, alguns casos de uso fazem diferença concreta. Mas muitas equipes testam ferramentas sem estratégia, o que leva à frustração.
Por isso, a questão não é “devemos usar IA?”, mas sim “onde a IA realmente gera valor nos nossos processos B2B?”.
Automatize o trabalho repetitivo (sem perder o relacionamento)
O impacto mais claro da IA está nas tarefas demoradas que drenam tempo das equipes: redigir relatórios de chamadas, classificar bancos de leads, extrair dados de um CRM, analisar dezenas de respostas a uma campanha. Em resumo: atividades que não exigem raciocínio humano, mas consomem horas toda semana.
Esse é o caso de uso número um apontado pelos líderes: 77% citam a automação de tarefas repetitivas como prioridade máxima (fonte: Sana). E com razão. Quando os vendedores deixam de gastar 30% do tempo em tarefas administrativas, podem focar no que importa: conversar com clientes, entender suas necessidades e construir confiança.
Personalize em escala sem virar spam
A outra grande contribuição da IA é a personalização. Com as ferramentas certas, você consegue integrar sinais contextuais muito mais ricos: anúncios de contratações, mudanças estratégicas divulgadas na imprensa, movimentos relevantes do setor e muito mais.
Isso muda o jogo. Em vez de enviar a mesma proposta para 200 decisores, você envia 200 mensagens diferentes, com um tom muito mais autêntico. O resultado é simples: taxas de resposta mais altas.
Mas há um risco. Muitas empresas abusam da automação e disparam milhares de mensagens “personalizadas”… que soam como spam de GPT. Isso prejudica a credibilidade mais do que um e-mail genérico. A IA deve sempre ser supervisionada, contextualizada e filtrada, caso contrário, o efeito é o oposto do esperado.
Transforme dados brutos em decisões acionáveis
No lado das operações, a IA se destaca em algo em que os humanos rapidamente se perdem: identificar sinais relevantes em meio a volumes enormes de dados. Seu CRM, suas campanhas de LinkedIn Ads, seus e-mails, chamadas gravadas e interações com clientes já fornecem matéria-prima valiosa. O problema é que ninguém tem tempo de analisar tudo isso.
Um bom modelo de IA pode processar esses dados e oferecer respostas claras:
- Quais contatos retomar esta semana?
- Quais contas mostram sinais de compra?
- Qual conteúdo enviar a cada pessoa para maximizar o engajamento?
Em outras palavras: a IA transforma montanhas de dados brutos em recomendações práticas.
Impulsione a criatividade do marketing (mas mantenha o controle)
No conteúdo, a IA funciona mais como aceleradora do que como criadora. Precisa de 5 variações para um anúncio no LinkedIn? De um esqueleto para um novo playbook? De 10 ideias de teaser para uma campanha de e-mail? A IA entrega rápido.
Mas a diferença vem do uso. Um profissional de marketing que sabe onde quer chegar ganha velocidade e criatividade com a IA. Já quem delega tudo ao ChatGPT acaba produzindo conteúdos genéricos e sem identidade. O valor real está na combinação: a IA gera volume, e o humano decide, ajusta o tom e acrescenta autenticidade.
Os limites da IA
A IA também tem pontos cegos que precisam ser considerados. Muitos gestores temem preconceitos e erros nos conteúdos gerados, e com razão. Um modelo pode inventar informações (as famosas “alucinações”), interpretar dados de forma equivocada ou simplesmente não ter o contexto específico do seu mercado.
Além disso, existem barreiras importantes:
- Restrições de conformidade (LGPD, proteção de dados sensíveis), apontadas como desafio por 74% das empresas B2B.
- Resistência interna das equipes, citada por mais da metade dos entrevistados.
- O risco de dependência excessiva de ferramentas que não estão sob seu controle direto.
A chave não é reinventar toda a organização da noite para o dia, mas sim testar casos de uso específicos, envolver as equipes e medir o impacto real. É preciso ter um piloto no comando.
Hoje já existem muitos casos de uso maduros da IA aplicados a marketing, CRM e vendas B2B:
- Gerar automaticamente atas de reuniões e economizar horas da equipe de vendas.
- Analisar chamadas comerciais para detectar sinais fracos e treinar as equipes continuamente.
- Qualificar e enriquecer leads com base em dados públicos ou sinais comerciais e comportamentais.
- Personalizar campanhas de e-mail ou LinkedIn em larga escala, integrando contexto de setor e empresa.
- Priorizar leads no CRM com modelos preditivos, em vez de apenas intuição.
- Criar variações de conteúdo de marketing (anúncios, e-mails, posts no LinkedIn) para acelerar testes e otimizar conversões.
O desafio está em escolher as funcionalidades que realmente terão impacto, em vez de correr atrás de cada novidade. Três passos pequenos são mais eficazes do que uma “grande transformação de IA” que nunca sai do papel. As empresas que têm sucesso avançam no ritmo do uso prático, não no das promessas. E, acima de tudo, começam pelos casos de uso, para só depois selecionar as ferramentas certas — e não o contrário.
É justamente para ajudar você nessa escolha que criamos listas das melhores ferramentas de IA por caso de uso.
Quais são as melhores ferramentas de IA (classificadas por caso de uso)?
A abordagem correta não é escolher uma ferramenta da moda e só depois tentar achar utilidade para ela. O caminho é inverso: comece pelos casos de uso que fazem sentido para você e, a partir daí, selecione a ferramenta mais adequada.
Todos já conhecem os grandes modelos generalistas, como ChatGPT, Claude ou Gemini. Eles são poderosos, versáteis e servem de base para inúmeros experimentos. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. No B2B, surgem cada vez mais ferramentas especializadas em casos de uso muito específicos. Algumas entregam muito valor, outras nem tanto.
Essas soluções normalmente se apoiam em modelos generativos generalistas (OpenAI, Anthropic, Google…), mas adicionam uma camada de negócios: interface pensada para vendas, conectores nativos de CRM, fluxos de prospecção ou de marketing já calibrados.
E a IA não se resume à geração de conteúdo. Ela também abrange:
- Mecanismos preditivos.
- Sistemas de recomendação.
- Plataformas de análise avançada.
Em 2022, todos se encantaram com a IA generativa com o lançamento do GPT-3. Mas reduzir a IA apenas à geração de textos ou imagens é ignorar metade da história. Nos aplicativos B2B, modelos preditivos e analíticos são tão estratégicos quanto.
Na Salesdorado, já começamos a mapear os casos de uso mais comuns e a selecionar as ferramentas mais relevantes para cada um deles. A ideia é simples: montar uma biblioteca de ferramentas de IA, organizada por caso de uso, que será constantemente enriquecida e atualizada.
Entre os primeiros temas que vamos abordar:
- Geração de conteúdo (artigos, e-mails, landing pages).
- Automatização de processos de vendas (CRM, prospecção, follow-up).
- Programação e codificação acelerada.
- Criação de logotipo e identidade visual.
- Geração de vídeos.
- Redação de e-mails, roteiros e anúncios.
- Desenvolvimento de chatbots.
- Criação de imagens.
- Atas automáticas de reuniões.
- Análise de chamadas comerciais.
- Enriquecimento automático de leads.
- Respostas automáticas a e-mails.
- Criação de apresentações.
- Posts para LinkedIn.
Publicaremos seleções de ferramentas para cada um desses casos de uso, sempre com feedback de testes e um filtro claro entre o que realmente agrega no B2B e o que é apenas artifício.
As melhores agências de IA para apoiar seus projetos
Testar ferramentas por conta própria é útil, mas integrar a IA aos processos de marketing, CRM ou vendas traz outro tipo de desafio. O problema não é só tecnológico, é organizacional. Como identificar os casos de uso certos, proteger os dados, engajar as equipes e medir o impacto? Nesses pontos, contar com uma agência ou consultoria especializada pode fazer toda a diferença.
Assim como acontece com as ferramentas, o melhor é evitar agências que prometem “revolucionar tudo” com agentes autônomos ou soluções mágicas. Na maioria das vezes, trata-se apenas de alguns prompts prontos em uma interface chamativa. O valor real vem de parceiros que sabem ancorar a IA nos desafios concretos do seu negócio: prospecção, conversão, fidelização, gestão de dados.
Por isso, também mapeamos agências e consultorias que oferecem suporte prático a empresas B2B em seus projetos de IA. O objetivo é criar comparações claras e acionáveis, que serão enriquecidas ao longo do tempo.
Alguns dos critérios que analisamos na seleção das melhores agências:
- Experiência em projetos B2B (em vez de provas de conceito genéricas de marketing).
- Capacidade de integrar a IA aos seus sistemas existentes (CRM, automação de marketing, atendimento ao cliente).
- Abordagem de gestão da mudança: treinamento das equipes, adoção gradual, suporte contínuo.
- Neutralidade em relação a fornecedores de ferramentas, para evitar recomendações baseadas em interesse comercial.
Testamos essas ferramentas de IA para você
Ler fichas técnicas ou promessas de marketing é uma coisa. Saber se uma ferramenta de IA realmente entrega em um contexto B2B é outra. No Salesdorado, não repetimos o discurso dos editores: nós instalamos, configuramos e testamos em cenários reais.
Em cada teste, mostramos o que funciona, o que não funciona e, principalmente, em que contexto a ferramenta pode ser útil para você (ou não). Muitas soluções de IA são excelentes quando aplicadas da forma correta, mas decepcionantes quando usadas sem um caso de uso definido.
Publicaremos gradualmente nossos testes em diferentes ferramentas de IA, sempre com:
- O escopo da ferramenta (o que ela promete e o que foi projetada para fazer).
- O que realmente nos convenceu.
- O que deixou a desejar.
Enquanto isso, tenha sempre em mente: boas ferramentas só fazem sentido se estiverem alinhadas com os seus casos de uso reais. Esse é o nosso lema, e acreditamos que você vai concordar. É partindo dos seus processos e objetivos que você encontra as verdadeiras joias — e é nisso que o Salesdorado pode ajudar.
Ferramentas já testadas por nós:
- Einstein AI (Salesforce AI)
- Breeze AI (IA da HubSpot)
- Lunacal.ai (para agendamento de reuniões)